quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O submundo no Twitter


A compra e venda de seguidores virou moda no microblog, mas a prática pode arruinar as estratégias digitais das empresas.


Séculos antes de Cristo, mesmo um grego eremita sem parentes ou amigos poderia ter um funeral movimentado. Bastava que reservasse uma verba para as carpideiras, mulheres pagas para entoar cânticos e chorar no rito fúnebre. A prática era tão disseminada que o legislador Sólon (638-558 a.C.) proibiu pessoas que não fossem parentes do falecido de entrar nas casas onde ocorriam os velórios. Esse parece ser o registro da primeira tentativa de regular o controverso mercado da popularidade, que se transformou profundamente ao longo do tempo – é cada vez mais comum a contratação de claques para animar comícios políticos e de celebridades que cobram para prestigiar um evento social ou promover uma casa noturna, por exemplo.


 Na web, o mais recente passo dessa evolução envolve as redes sociais. Acredite ou não, já é possível comprar um seguidor no Twitter por menos de R$ 0,01. O comércio de perfis se disseminou tanto entre os usuários do microblog que resultou em uma infinidade de contas infladas artificialmente, o que coloca em xeque a estratégia de marketing das empresas na internet, além de lançar dúvidas sobre a credibilidade do próprio Twitter. Embora esse tipo de expediente tenha sido proibido pelas normas de conduta do Twitter, empresa presidida pelo executivo americano Dick Costolo, o obscuro mercado da popularidade ganha força. Os dados a esse respeito são difusos, mas uma pesquisa recente do instituto americano Barracuda Labs, especializado em redes sociais, iluminou o tema.

O levantamento mostrou que contas falsas criadas para incrementar o número de seguidores no microblog têm, em média, apenas 19 semanas. Mais: 61% foram criadas há menos de três meses. Outro sinal de crescimento vem da velha lei da oferta e procura, que gradativamente derruba os preços desse tráfico de fãs até patamares irrisórios. Comerciantes do site Fiverr, especializado em ofertas de perfis, oferecem até 32 mil seguidores pelo valor de US$ 5. Ou seja, o preço unitário é de US$ 0,00016 (um centavo de dólar compra 63 perfis). A maioria das páginas com ofertas de “followers” no Fiverr possui comentários positivos dos clientes do site, o que indica que muitos não veem problema em recorrer a esse tipo de medida. 


 Desfocado: o Twitter, presidido por Dick Costolo (acima), condena o comércio de seguidores.

Também é comum o oferecimento de “curtidas” numa página institucional (fan page) do Facebook. Contatados pela DINHEIRO, Twitter e Facebook não comentaram o assunto. Com preços não tão atrativos quanto os do Fiverr, mas com o diferencial de arregimentar usuários locais, alguns jovens empreendedores brasileiros resolveram aproveitar a onda. Um deles é Bruno Maciel, 22 anos, de Formiga (MG), cidade que fica a cerca de 200 quilômetros de Belo Horizonte. Há três anos nesse ramo, Maciel é o proprietário dos sites Big Follow e Mais Followers, que oferecem cinco mil seguidores por R$ 500. Ele, no entanto, nega ser um “vendedor de seguidores”. Maciel descreve seu serviço como uma forma de aproximar as pessoas.

“A fórmula mágica nesse relacionamento é conseguir seguidores e mantê-los unidos até que o meu cliente crie luz própria e consiga, independentemente de meus serviços, usuários de toda a ordem”, diz ele. Seja como for, o fato é que comercializar seguidores dá retorno aos criadores dos serviços. O ator Orlando Maciel, 17 anos, é proprietário do site TwitterMass, que vende cinco mil seguidores por R$ 120. Ele próprio se beneficia do seu sistema, criado há cerca de um ano – tem 234 mil seguidores, o dobro do comediante Beto Silva, do programa Casseta & Planeta, da Rede Globo. O comércio de seguidores virou moda, mas isso pode ser um tiro no pé, pois se volta contra a reputação de quem se serviu do expediente.


Um dos motivos é que é embaraçoso explicar que, para ser popular, foi necessário recorrer à compra de seguidores. “A rede social está vinculada à sociabilidade, e isso não se faz com moeda”, afirma Beth Saad, professora da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora de redes sociais. Pollyana Ferrari, professora da PUC-SP e consultora de mídias sociais, concorda com Beth e destaca outro aspecto. Muitos publicitários acreditariam que começar um perfil de uma grande empresa com poucos seguidores seria “um mico”, o que alimenta os serviços de compra e venda. “Uma empresa deve construir uma relação aos poucos com os usuários”, afirma Pollyana. “Não adianta nada dar um salto no número de fãs do dia para a noite.”

Segundo Pollyana, usuários experientes detectam facilmente quem adquire seguidores pela alta quantidade de perfis falsos. Há até uma ferramenta para auxiliar nesse processo. A start-up americana Status People lançou recentemente um recurso chamado Fake Followers Check, que promete fazer essa averiguação. Como esses usuários comprados são inativos, falsos ou só leem em outro idioma, as ações de marketing feitas na rede social podem ser prejudicadas. “Isso bagunça os relatórios e métricas”, afirma Patricia Moura, professora de mídias sociais da universidade carioca Estácio de Sá. Um episódio recente com o candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, ajuda a conhecer melhor as armadilhas que estão no caminho das redes sociais.

O comitê de campanha passou por um grande constrangimento com a revelação de que o número de seguidores da conta de Romney no microblog cresceu 17% num único dia, 21 de julho. Um em cada quatro desses novos seguidores não tinha nenhum post no Twitter, num claro indício de que o perfil havia sido turbinado artificialmente. O comando do partido Republicano negou a compra de seguidores. “Se Twitter vencesse eleição, Lady Gaga ou Justin Bieber estariam governando o país”, disse Zac Moffatt, diretor de ações digitais da campanha de Romney, tentando minimizar a situação. Com a disseminação desse tipo de negócio na rede, quem deveria também estar preocupado é o próprio Twitter, de acordo com Alexandre Espírito Santo, professor de finanças do IBMEC: “Um dos artigos mais caros de uma empresa é a credibilidade, ainda mais no caso de redes sociais”, afirma.


Fonte: ISTOÉ Dinheiro

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Finanças para pequenos empreendedores

O pequeno e microempreendedor geralmente não gosta de lidar com as finanças da empresa ou simplesmente se atrapalha ao lidar com isso, é tanto que número de consultorias que existe oferecendo serviços nesta área é algo surreal. O empreendedor preocupa-se mais com os produtos/serviços oferecidos, clientes, marketing e processos, sem dar a atenção necessária para os números. E aí onde mora o perigo! Não que as outras áreas não sejam necessárias, mas cuidar da saúde financeira do negócio deve ser motivo de constante atenção do empreendedor, antes que os números levem o sonho do seu negócio para o fundo do poço.

A realidade e que não é novidade é que são raros os negócios que são um sucesso em curto prazo, e os empreendedores acabam se perdendo nisto não conseguindo mensurar o tempo de retorno e o crescimento da empresa, pois diariamente se deparam com dinheiro escasso e lucros apertados.

Se você está dando início a um empreendimento ou já o tem, o que sugiro é que faça um curso rápido de finanças ou pelo menos leia um livro sobre noções básicas. Pois mesmo com conceitos simples já é possível praticar e dar uma organizada financeira, reduzindo custos. Mas se já estão tão envolvido com seu negócio e acha que não tem mais tempo para isso, abaixo segue três dicas simples que separei especialmente para pessoas como você. 


Nunca deixe as finanças de lado

Assim como falei no início deste artigo, as finanças devem sempre está na mente do empreendedor e diariamente é necessário a está acompanhando. As finanças indo bem conseguem fazer com que as outras áreas caminhem para levar a empresa ao topo do seu potencial. Pois de nada adiantará ter uma área com boas idéias se a empresa passa por dificuldades financeiras.

Grande parte dos empreendimentos trabalham no negativo quando estão começando. E isto é um fato que acontece com freqüência e não necessariamente é um problema. No entanto, esta fase inicial deve ser administrada com muito cuidado, uma vez que os recursos são sempre escassos. E é aqui onde mora a importância de ter sempre um bom plano de negócios (falamos sobre isto na edição de Maio lembram?), pois com ele conseguimos ter um planejamento claro de quanto tempo se vai ter os recursos financeiros limitados, além de servir como uma balança para mensurar se a empresa está atingindo as metas traçadas ou se terá mais dificuldades.

O caixa da empresa não é remuneração do dono

Este é um problema antigo nas finanças empresariais. Principalmente nos pequenos empreendimentos, o empresário faz a maior bagunça e mistura as finanças pessoais com as do negócio. Acaba tirando os custos da família do caixa da empresa e os lucros que sobram (quando sobram) são aproveitados com gastos pessoais.

E isto é algo tão nocivo quanto o que se pensa, por duas questões:

Primeiro, em função de complicar a compreensão da dimensão do negócio.  Se o empreendedor mensalmente cobre problemas pessoais, coisas que não estavam planejadas com recursos da empresa, pode estar colocando a empresa em um queda livre em um penhasco. E se ele retira todos os lucros para manter sua vida pessoal, deixa de reinvestir na empresa o que compromete o futuro da mesma;

Segundo, porque os colaboradores jamais verão isto com bons olhos, pois qualquer bom colaborador quer crescer na empresa e ajudá-la a ter sucesso.  Porém, se ele identifica que o empreendimento está sendo uma extensão da vida pessoal do dono, a desmotivação o encontrará em curto espaço de tempo.

Cuidado com as dívidas
Não se engane! Contrair dívidas não é a solução mais eficaz para os problemas financeiros de uma empresa.  Pegar empréstimos em instituições financeiras é comum, mas somente até o que está dentro do planejamento e o pagamento das prestações devem ser prioridade para a empresa, assim como os salários dos colaboradores.   O descontrole das dívidas é uma das causas mais comuns da mortalidade das empresas.  E principalmente no Brasil, onde mesmo com o corte juros feito recentemente, ainda pagamos altos juros. Assim, tenha dívidas para bancar o crescimento da empresa e não para pagar contas que você perdeu o controle e que no futuro se tornará uma bola de neve.

Portanto, meus caros empreendedores, tratem com carinho as finanças e estude sempre, antes que elas destruam o seu sonho.

Fonte: Dos autores deste blog / Artigo publicado na Revista Seridó S/A Ed. Agosto/2012.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

10 gastos que podem ser evitados no dia a dia

 
Diariamente gastamos com pequenas coisas e não fazemos a menor noção de quanto isso representa no mês. É sempre um lanche de manhã, ou uma passada na bomboniere depois do almoço, mas você sabe o quanto isso impacta no final do mês?

Estes pequenos gastos, na maioria das vezes, não entram no orçamento do consumidor, afinal quase ninguém tem o costume de anotar tudo o que compra no dia.

Para manter um orçamento saudável é fundamental que o consumidor conheça seus gastos e reserve uma quantia, por mês, para essas pequenas despesas, que aparentemente não impactam no planejamento.

Vejas os 10 gastos que podem ser evitados no dia-a-dia:

1- Alimentação fora de casa: tome cuidado com as refeições fora de casa, avalie os preços dos restaurantes antes de fazer a refeição e evite ir aos fastfoods todo final de semana.

2- Doces: evite passar na loja de doces todos os dias após o almoço, reserve um dia na semana para as loucuras gastronômicas.

3- Bens e serviços: pesquise antes de comprar bens ou contratar serviços. Lembre-se: o melhor preço de um produto não é o praticado “naquele” ponto de venda, mas o praticado pelo mercado.

4- 10% do garçom: nos restaurantes, lembre-se que você não é obrigado a pagar os 10% do garçom. Dependendo do valor da conta, opte por entregar uma gorjeta menor para o próprio funcionário.

5- Deixe o carro na garagem: evite ir trabalhar todos os dias de carro, use o transporte público, ou até mesmo carona dos amigos.

6 – Cartão de crédito: deixe o cartão em casa, isso evita que você compre por impulso.

7 – Compras coletivas: compras compartilhadas podem representar redução de gastos para todo o grupo. Particularmente entre familiares, é uma prática bem interessante e, quanto maior a família, maior o volume de cada item a comprar e, potencialmente, maior o benefício do compartilhamento.

8 – Lazer: aos finais de semana, busque opções de lazer mais baratas. Seus filhos podem se divertir tanto no shopping center, quanto em um parque.

9 - Deixe as marcas de lado: produtos de marcas menos conhecidas são tão bons quanto os das grandes grifes. Isso vale também para produtos  das marcas dos supermercados.

10 – Presente: economize nos presentes, opte pelas famosas lembrancinhas, presenteie seus amigos com um livro ou um DVD, são mais baratos.
 
 
Fonte: Infomoney

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Salário ou satisfação profissional?

Podemos observar que muitos profissionais bem sucedidos em suas carreiras fazem exatamente o que mais gostam e, como resultado, acabam sendo muito bem remunerados

Uma grande dificuldade para se obter sucesso profissional está justamente em saber "o que se quer ser quando crescer". Uma minoria de pessoas consegue ter a clareza de qual profissão deseja desempenhar no futuro, principalmente no momento de ingressar em uma universidade.

Normalmente, nos deparamos com algumas situações bem conhecidas por muitos, como a forte pressão dos pais pela escolha da profissão que mais os agrada, falta de clareza sobre qual carreira escolher ou a opção por um curso que caiba no orçamento - mesmo que não seja o curso ideal.

A exigência do mercado de trabalho e, psicologicamente, da sociedade, por uma formação de nível superior, faz com que muitas pessoas escolham um curso sem terem a certeza do que querem, e no meio do caminho desistem, ou ainda concluem o curso e não exercem a profissão.

Iniciamos nossas experiências profissionais buscando a felicidade, mas a necessidade financeira para suprir os desejos que a juventude exige acaba abrindo caminhos que dificultam. A verdade é que muitos jovens, pela falta de clareza e experiência, não sabem o que querem fazer e em que trabalhar para se considerarem felizes profissionalmente.



Geralmente optamos por algum curso de nível superior sem muita certeza da nossa escolha e experimentamos vários tipos de trabalhos e funções na busca pelo dinheiro. Afinal, logo de cara nossa busca pela felicidade acaba sendo deixada para segundo plano quando damos a prioridade para a questão financeira. No momento em que trabalhamos exclusivamente por melhores salários e melhores cargos, a satisfação pessoal e profissional ficam distantes de serem alcançadas.

Muitas pesquisas apontam que profissionais de cargos elevados em grandes organizações e com salários altíssimos largam tudo na busca pela satisfação por fazerem algo que realmente gostam e acreditam. Muitos reiniciam suas vidas profissionais e conseguem reequilibrar suas carreiras, onde conseguem dar prioridade para o prazer pelo que fazem e em pouco tempo conseguem ter como consequência um excelente retorno financeiro.

Aquele velho ditado que diz "nunca é tarde para recomeçar" é muitas vezes praticado por profissionais que conseguem aproveitar os programas de desenvolvimento oferecidos pelas organizações que investem em seus profissionais, sendo que o autoconhecimento proporcionado permite que muitos possam conquistar um novo significado para suas carreiras e consigam melhores resultados dentro da própria organização. Em alguns casos, os profissionais acabam mudando de área, pois a felicidade não é vislumbrada dentro da mesma organização. O mais importante é não desistir da busca pela felicidade.

Por conhecer diversos exemplos de casos reais, acredito que a forma mais sustentável de manter a equação salário x satisfação equilibrada é não focar única e exclusivamente no dinheiro, pois este deve vir como resultado do trabalho que é feito quando se gosta, com prazer e significado especial para quem o faz. É importante ser honesto consigo mesmo na busca pela felicidade profissional e que possamos mudar nossos rumos a qualquer época de nossas vidas, afinal: nunca é tarde para recomeçar!

Fonte: Administradores.com


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

8 coisas que as faculdades não contam para os jovem empreendedores

Está saindo da faculdade e já quer começar sua empresa? Tome nota, já que existem coisas que a faculdade não irá te preparar. Confira 8 coisas que a universidade não vai te ensinar:

1. “Espero que tenha gostado de viver como um estudante”

Agora que você saiu da faculdade, você pode ter sua casa, talvez comprar um carro e parar de comer Miojo. Porém, quando você empreender, alto custo de vida pode matar sua empresa antes dela começar.

Quanto mais dinheiro você gasta no seu estilo de vida, menos você terá para investir no seu negócio.

2. “Não existem respostas certas”

Os problemas que você vê na faculdade são feitos para ter respostas certas e erradas. Quando você começa sua empresa, você recebe bons conselhos, mas cada negócio é diferente e você nunca saberá se está certo até que a empresa deslanche ou quebre.

Você precisa dar um jeito de seguir em frente mesmo sem um caminho claro pela frente.

3. “Receitas prontas não te ajudarão a ter sucesso”

Habilidades como decorar informação e seguir as direções do professor não te levarão muito longe. É hora de quebrar o modo-estudante e arriscar.

Pare de alcançar expectativas e comece a superá-las.

4. “Estar na média nunca é bom o suficiente”

Você pode ter passado nas matérias com 5, mas se sua empresa não está tirando 10, seus concorrentes te destruirão.

5. “É temporada de provas o tempo inteiro”

 Se planeje para trabalhar muito. Começar um negócios significa que nem sempre você poderá estar com seus amigos e sempre haverá algo para fazer.

6. “Seu diploma não importa”

É verdade que algumas escolas preparam melhor os empreendedores e a rede de contatos pode fazer muita diferença. Porém, geralmente seu diploma não importa muito para investidores e outros empreendedores.

Ter um projeto genial e a habilidade de transformá-lo em realidade é o que conta.

7. “Você não pode matar o trabalho”

 Para ser um empreendedor bem sucedido, você precisa estar presente. Você precisa estar lá, comprometido a trabalhar bastante, todo dia.

8. “Não há problema em falhar”

Um 0 não irá arruinar sua faculdade e uma falha – ou mais – não significa que sua próxima ideia não dará certo.

Continue trabalhando muito, modifique seu negócio ou comece outro.

Fonte: www.saiadolugar.com.br