quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ideias de negócios promissores


Ser dono de um negócio próprio é o sonho de muitos brasileiros. Mesmo apostando em negócios em alta, empreender envolve riscos financeiros e demanda capacitação. “Em todos os casos, antes de abrir uma empresa, é fundamental buscar informações com especialistas e planejar o empreendimento. É certo que o mercado interno está aquecido, mas a concorrência também é acirrada e é preciso estar preparado”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Com base no estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, Copa do Mundo FIFA 2014: Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, e nas análises exclusivas do gerente de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae, Paulo Alvim, EXAME.com listou os segmentos que estão em alta para novas empresas.

Obras e reformas

Hoje, encontrar mão-de-obra especializada para fazer pequenas obras e reformas não é uma tarefa fácil. Oportunidades de trabalho existem e há chances de pegar carona nesse ano que antecede a Copa, principalmente para aqueles que prestam serviços para hotéis, bares e restaurantes. “É importante estar atento às licitações e ao movimento de obras. Os sindicatos de construção civil são boas fontes. Vale ficar atento ao registro no CREA e ter responsáveis técnicos nas obras”, explica Alvim.

Hotéis e pousadas

A construção de hotéis nas cidades sede da Copa das Confederações e da Copa do Mundo está a todo vapor. O investimento necessário depende do porte da empresa, mas as oportunidades para empreendimentos menores, por conta do perfil do visitante torcedor de futebol, são melhores. “É importante conhecer o perfil do visitante, que passa por hábitos, língua, entre outros aspectos”, afirma Alvim.

Bares e restaurantes

O brasileiro já come bastante fora de casa e o setor de alimentação só tende a crescer. No mercado de franquias, por exemplo, a pesquisa “Panorama Global das Franquias do Setor de Food Service”, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada no ano passado, revelou que houve um crescimento de 17% no faturamento das redes de alimentação em 2011 com relação a 2010. Investir em negócios nas proximidades das arenas onde acontecerão os jogo pode trazer resultados melhores.

Bebidas

Cachaça, sucos de frutas tropicais, guaraná, entre outros, são bebidas típicas brasileiras. Investir em um negócio nesse segmento requer experiência por parte do empreendedor e, para minimizar os riscos, a forma de produção das bebidas pode ser um diferencial.

Sorvetes

A comercialização de sorvetes com sabores legítimos brasileiros é também uma oportunidade de ter produtos diferenciados e atrair tanto a clientes locais quanto turistas. Para investir nesse tipo de negócio, é ideal que o empreendedor conheça o mercado e tenha um bom ponto para a comercialização.

Comércio eletrônico

Este segmento estará bom para quem já está no mercado, segundo Alvim. Para ele é importante oferecer soluções focadas nos públicos principais de hotéis, pousadas, bares e restaurantes, além de atividades de entretenimento. Conhecer bem o mercado alvo e ter competência técnica são fatores essenciais.

Ecoturismo e turismo de aventura

O ecoturismo é o segmento da atividade turística que tem como base uma relação sustentável com a natureza, comprometido com a conservação ambiental. Arborismo, ciclismo e atividades em cavernas são classificadas como turismo de aventura e podem atrair também visitantes estrangeiros.

De acordo com Alvim, este tipo de negócio tem maior potencial de dar certo por onde passam europeus, norte-americanos e asiáticos. É importante conhecer o negócio e ter certificações internacionais que a atividade exige.

Aplicativos de celular e tablet

O mercado de negócios digitais está em alta e deve crescer até o final do ano. De acordo com Alvim, ter acesso a sistemas de informações do setor de turismo é essencial para quem deseja investir na criação de aplicativos para facilitar a vida do visitante durante os eventos que acontecerão nos próximos anos.

Jogos eletrônicos digitais

Seja para tablets ou smartphones, o mercado de jogos eletrônicos digitais está em alta devido ao grande nível de interesse tanto de jovens quanto de adultos.

Eventos e festas

Para faturar no mercado eventos e festas, há espaço também para fornecedores de serviços de alimentos, iluminação, organização, entre outros. Isso vale tanto para eventos corporativos quanto particulares.

Artigos esportivos

A comercialização vinculada aos países participantes da Copa, especialmente de produtos certificados pela FIFA, é um negócio em alta. Entretanto, antes de investir nesse tipo de empresa o empreendedor precisa conhecer as regras da FIFA para produtos credenciados da Copa das Confederações e Copa 2014. Os investimentos envolvem autorização de produtos credenciados e a compra de estoques.

Produtos de papelaria

De acordo com Alvim, nos períodos de janeiro e fevereiro de 2014 haverá um boom de produtos e materiais escolares com mote da Copa. Vale observar os procedimentos de credenciamento da FIFA antes de investir nos produtos.

Padaria e loja de sucos e vitaminas

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, 96,3% das padarias brasileiras são micro ou pequenas empresas. Para investir em um negócio do setor, o ponto nas cidades sede dos eventos da Copa pode fazer a diferença no ano que vem. “Serão locais utilizados por muitos torcedores para fazerem refeições por conta do menor custo”, afirma Alvim. Além disso, padarias artesanais têm chamado a atenção de outro nicho de clientes.

Assessoria de imprensa e relações públicas

Não são somente as grandes empresas que demandam serviços de assessorias de imprensa ou de relações públicas. A profissionalização de um negócio demanda a contratação de empresas deste segmento, por exemplo. O empreendedor deve ter expertise e experiência na área.

Escolas de idiomas

Hoje, dominar outro idioma é essencial para a capacitação profissional. O faturamento de uma escola de idioma pode ser incrementado com aulas direcionadas para públicos específicos, como garçons, recepcionistas e taxistas. “Esse segmento já teve um aumento e a tendência é crescer até a proximidade da Copa do Mundo”, diz Alvim.

Salões de beleza

Uma pesquisa da consultoria Rizzo Franchise do ano passado mostrou que o setor de saúde e beleza foi o que mais cresceu no segmento de franquias. O crescimento do poder aquisitivo das classes C e D contribui para a maior demanda de clientes. Mas, para investir em um salão de beleza é preciso estar a par das regulamentações e normas técnicas de higiene e saúde.

Gastronomia brasileira

O interesse por cursos de culinária e gastronomia é grande tanto por pessoas que desejam se profissionalizar quanto para aquelas que querem aprender por hobby. Alvim explica que o mercado encontra-se em expansão, de forma a melhorar os serviços e o atendimento de bares e restaurantes.

Biojoias

As biojoias são bijuterias produzidas com matéria-prima sustentáveis como folhas, sementes, capim dourado e pedras. Os acabamentos são os diferenciais para se destacar nesse mercado. Investir em espaços como quiosques em aeroportos pode chamar a atenção de turistas e de brasileiros que desejam levar uma lembrança de última hora.

Obras de arte

Em agosto do ano passado, a isenção na importação e comercialização de obras de arte destinadas à ArtRio, Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, foi comemorada, pois antes colecionadores preferiam comprar em feiras europeias, em que os impostos são inferiores. Investir em um negócio nesse segmento pode ser viável na internet também, como mostra a startup NailOnWall, que comercializa obras de arte e pretende faturar 500 mil reais até o final do ano.

Moda

A comercialização de brincos, colares e anéis são alguns acessórios de moda que está em alta devido ao aumento de renda da maioria da população brasileira. Hoje, franquias especializadas em artigos de moda estão migrando para o interior para conquistar mais clientes.


Fonte: Exame.com

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Como dar feedback para os sócios

Prática deve ser incorporada à cultura da empresa e feita frequentemente





A prática de dar feedback aos funcionários é comum – periodicamente, os gestores informam os pontos positivos do trabalho e os aspectos a melhorar de cada colaborador. Essa ação, que aprimora o desempenho individual e a performance da empresa, também pode ser levada para o relacionamento entre os sócios.

Envolvidos com o andamento do negócio, os parceiros podem diminuir o diálogo – e, assim, alimentar pequenas insatisfações. Ou, pressionados pela necessidade de desenvolver o empreendimento, podem exagerar nas palavras e ofender um ao outro. Tudo isso coloca a parceria em risco.

Segundo Adriana Chaves, sócia do Grupo DMRH, os feedbacks entre sócios podem ser feitos ao final de cada projeto ou periodicamente, com intervalos previamente definidos. “O importante é que a prática seja incorporada à cultura da empresa”, afirma. É possível ainda fazer miniavalições ao final de cada reunião. “Assim ninguém leva nenhum problema para ser resolvido fora dali.”

Na opinião de Adriana, não é imprescindível elaborar uma lista de aspectos ou competências a avaliar – o essencial é trazer à luz os pontos que devem ser melhorados e os que merecem elogios. “É fundamental ter o cuidado de dizer no que as ações do sócio resultaram”, diz. Por exemplo: em vez de fazer um comentário como “você sempre age desta forma”, é melhor apontar situações concretas em que um comportamento teve resultado bom ou ruim.

A seguir, a profissional sugere mais três cuidados que os sócios devem ter para oferecer feedback sem comprometer a parceria:

- Reveja conceitos: lembre-se de que, antes de tudo, existe uma relação de parceria estabelecida e que pode ser mantida por meio do diálogo, mesmo quando há diferenças de opiniões.

- Estabeleça limites: não deixe que fatores extraprofissionais interfiram no ambiente de trabalho. Saiba separar o que é pessoal do que é da empresa.

- Contenha-se: enumere antes da conversa os pontos a serem abordados e reflita sobre as possíveis consequências do que está prestes a falar.
 
 
Fonte: Revistas Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os desafios para gerenciar a reputação corporativa

Reputação é o tipo de coisa que todo mundo só lembra que existe quando acontece uma crise e a imagem da pessoa ou da empresa desce pelo ralo. Em tempos de “bonança”, o comportamento natural é ir levando sem muita preocupação. Mas por que pouco se pensa em construir de forma sólida o seu capital social?

Do ponto de vista corporativo, 87% das empresas em todo o mundo ainda estão no primeiro terço de sua jornada para estabelecer um processo consistente de gestão de sua reputação. Mais da metade não passou da etapa de organizar como mensurar e gerir esse importante ativo intangível e apenas 2% podem dizer que a gestão da reputação está totalmente integrada à sua estratégia de negócios de longo prazo e que merece um naco de seus investimentos.

“Gerir a reputação é manobrar para encontrar oportunidades e ao mesmo tempo mitigar os riscos do negócio”, diz Karper Ulf Nielsen, senior partner do Reputation Institute, organização responsável pelo levantamento desses dados.

Um curso promovido pelo instituto, em parceira com a Tuck School of Business, dos Estados Unidos, reforça: o que você é importa mais do que o que você vende. E traz um caminho muito claro para entender por que, apesar de ser uma demanda tão importante, muitas empresas ainda acreditam que gestão da reputação é apagar incêndios e que é responsabilidade apenas do departamento de comunicação da empresa.

A reputação de uma corporação, ou como ela é percebida pelo mercado, está diretamente ligada a três fatores:

1) A experiência pessoal como usuário dos produtos ou serviços, como investidor ou como funcionário.

2) As atitudes da empresa, traduzidas em ações, comportamentos, responsabilidade social, governança corporativa e comunicação.

3) A opinião de terceiros, que exerce influência nas pessoas (mídia tradicional e social, líderes e especialistas, sua rede de contatos/network).

“Essas são forças que agem diretamente na construção da reputação e afetam nossa percepção de uma marca forte ou fraca”, afirma Charles J. Fombrun, fundador e chairman do Reputation Institute. É o que gera respeito, confiança, admiração e, por fim, estima por uma marca.

O que acontece em uma crise de imagem — Primeiro, há o choque do acontecimento, o “e agora?”, o telefonema no meio da noite. Em seguida, o evento ganha proporções assustadoras de forma acelerada, o que leva ao pânico e à tendência a agir de maneira irracional, impensada, confusa e até temerosa. Aí se instala o caos na hora de assumir a comunicação, de definir o que e como será dito e por quem. As informações podem se tornar desencontradas, superficiais e incompletas, o que é um prato cheio para a mídia, subitamente onipresente, e mais ainda se considerarmos que hoje os stakeholders podem bombardear diretamente a empresa via mídias sociais – tenham eles razão ou não.

Desafios aos líderes – Parece impossível proteger-se na era digital, em que as notícias – verdadeiras ou falsas — galopam nas redes sociais? O segredo para contornar com mais rapidez e eficiência os percalços do caminho passa pela construção de uma reputação consistente, que possa “segurar as pontas” quando algo ruim acontece.

Saber planejar o crescimento do negócio levando em conta a construção de uma reputação sólida é ainda o principal desafio dos líderes empresariais, segundo o estudo Reputation Leader 2013, baseado nas respostas de líderes de 292 das maiores e mais influentes corporações do mundo.

Os números comprovam: 79% desses líderes concordam que hoje se vive em uma “Economia da Reputação”, mas apenas 20% consideram que sua empresa está preparada para tirar vantagem disso. Em ordem de importância, eles disseram:

- Não temos um processo estruturado para integrar questões relativas a reputação em nosso planejamento de negócios (57%);
- Não estamos aproveitando o conhecimento que temos para nos tornarmos mais relevantes para cada grupo de stakeholders (45%);
- ”Panelinhas” dentro da empresa impedem a colaboração entre pessoas e departamentos (34%);
- O estudo também mostrou que 56% dos líderes acreditam que a gestão da reputação é de fundamental importância e 62% disseram que, nos próximos anos, será uma prioridade ainda maior para as empresas.

Porém, a reputação está longe de ser sinônimo de “aparecer bonitinho” nas páginas dos jornais. Reputação é uma percepção muito mais profunda, reflexo de atitudes e ações, e qualquer tentativa de maquiar iniciativas reais com os recursos da comunicação será, mais cedo ou mais tarde, desmascarada.


Fonte: Blog Mídias Sociais